Parte para a quarta época consecutiva no comando técnico da equipa. Foi o responsável por um feito que escapava há alguns anos e assume a importância desta temporada para a consolidação do projecto. Henrique Vieira teve o mérito de reunir um leque de atletas de qualidade forte que criou um grande espírito de equipa e que tem a vantagem de saber o que é preciso para voltar a vencer a Liga.-
Foi o responsável por recolocar o Benfica no trilho do sucesso. Como se sente por ter feito história, agora na condição de treinador?
HV - Feliz e muito orgulhoso. Ganhar neste Clube como jogador e como treinador foi sempre uma ambição. Agradeço às pessoas que me possibilitaram essa oportunidade e todo o apoio prestado pela Direcção.-
Este título dá vantagem ao Benfica?
HV - No passado tão longo onde o Benfica não venceu títulos vivia-se muito a ansiedade da necessidade de ganhar. O mérito do ano passado foi conseguirmos um conjunto forte de portugueses, à semelhança do que aconteceu anteriormente. Parece-me que com este título a ansiedade e a pressão de ganhar fica diminuída, mas todos temos consciência daquilo que temos e precisamos para logicamente renovar o título.
Ainda assim levamos alguma dose de favoritismo?
HV - Eu sempre fui da opinião que o favorito é sempre o campeão nacional, e não é agora que vou mudar apenas por vestir essa pele. Os outros estão a trabalhar para tirar esse título. Sabemos que tem havido um esforço da parte de algumas equipas nesse sentido, que não tiveram sucesso no ano passado. Mas nós, também estamos motivados. Lamentamos não podermos ter mantido toda a equipa, mas passo a passo, com muito trabalho e humildade vamos tentar ganhar novamente.
Supertaça, Taça de Portugal, Liga e Taça da Federação. São estes os objectivos da equipa para esta temporada?
HV - O ano passado não pudemos discutir todos esses títulos. Só tivemos dois pontos altos, que foi a Liga e a Taça de Portugal. Vencemos a Liga, mas não tivemos sorte com o calendário da Taça de Portugal, uma vez que jogámos três jogos em três dias e ainda não tinhamos o Elvis Évora. No ano passado, fomos sempre uma equipa competitiva que lutou sempre pela vitória independentemente da competição onde estávamos inseridos. Este ano vai acontecer a mesma coisa. Temos mais dois troféus em disputa e mais hipóteses de ganhar.
